Política

Eleições 2026

Federações reduzirão em 30% número de candidatos a deputado no Estado

O quociente eleitoral para deputado federal deverá ser de 190,5 mil votos, enquanto para estadual chegará a 63,5 mil votos

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A criação de federações partidárias deverá provocar uma redução de até 30% no número de candidatos a deputado federal e estadual nas eleições gerais do próximo ano em Mato Grosso do Sul, em comparação ao pleito de 2022.

A análise é do diretor do Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), Aruaque Fressato Barbosa, e do diretor do Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems), Lauredi Sandim, que estão levando em consideração três novas federações partidárias – PP mais União Brasil, PT mais PCdoB e PV e, por fim, MDB mais Republicanos, que ainda pode ganhar a adesão da sigla que surgirá da incorporação do Podemos pelo PSDB.

Em 2022, o Estado teve 388 candidatos a deputado estadual, dos quais 24 se elegeram para ocupar as cadeiras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), enquanto para deputado federal foram 160 candidatos, dos quais apenas 8 foram eleitos para a Câmara dos Deputados. Com a redução de até 30%, o número de candidatos a deputado estadual cairá para 271, enquanto para deputados federais diminuirá para 112.

O número máximo de candidatos por partido e por cargo em cada eleição varia conforme o tipo de eleição (municipal, estadual ou federal), o número de vagas disponíveis em disputa e as regras estabelecidas na legislação eleitoral vigente, principalmente pela Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições) e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Conforme Aruaque Barbosa, nas eleições proporcionais (vereador, deputado estadual/distrital e deputado federal), a regra é que cada partido pode lançar até 100% do número de vagas em disputa por cargo mais uma vaga. “Na Assembleia Legislativa, por exemplo, com 24 cadeiras, cada partido pode lançar 25 candidatos, lembrando que coligações são proibidas em eleições proporcionais desde 2020 e, por isso, cada partido concorre isoladamente”, explicou.

Ele afirmou que, como as federações partidárias atuam como um único partido, seguem os mesmos limites, que se aplicam a candidaturas registradas, não necessariamente aos nomes apresentados em convenções.

“Em eleições proporcionais, o número de candidatos pode ser impactado por cláusulas de desempenho e cotas de gênero [mínimo de 30% para cada sexo na chapa]”, detalhou.

O diretor do IPR calculou que, de acordo com o levantamento que fez com sua equipe de estatística, em função das federações, fusões e incorporações, o número de candidatos para deputado federal e estadual terá uma redução de 25% a 30%. “Isso é um porcentual significativo porque as pessoas vão ter menos candidatos para escolher e, obviamente, os candidatos vão ter de ter mais votos”, argumentou.

QUOCIENTE ELEITORAL

Já Lauredi Sandim lembrou que, com a redução do número de partidos e, consequentemente, de candidatos, o quociente eleitoral para eleger um candidato também vai aumentar.

“O eleitorado estadual era de 2.031.937 [eleitores] até 31 de janeiro deste ano, e os votos válidos para cargos proporcionais, descontados os ausentes, serão de aproximadamente 75% do eleitorado, conforme estatísticas de eleições anteriores, que corresponderiam a 1.524.000 eleitores, aproximadamente”, calculou.

Nesse sentido, de acordo com o diretor do Ipems, o quociente eleitoral para deputado federal deverá ser de aproximadamente 190.500 votos para a primeira vaga, enquanto para deputado estadual será de 63.500 votos. 

“Com essa tendência atual de formar federações para as eleições de 2026, o resultado será a diminuição do número de candidatos proporcionais, aumentando consideravelmente a votação nominal individual em até 50%”, projetou.

Formado em Economia e com mais de 34 anos de atuação ininterrupta em pesquisas eleitorais, Sandim estimou que, para deputado estadual, as federações devem eleger até 5 candidatos pelo critério das sobras e 19 pelo quociente eleitoral. 

“Já para deputado federal, elas devem fazer pelo menos cinco pelo quociente eleitoral e três pelo cálculo das sobras”, destacou.

Saiba

O quociente eleitoral (QE) é determinado pela divisão da quantidade de votos válidos apurados pelo número de vagas a preencher (QE = nº de votos válidos da eleição/nº de lugares a preencher). De posse do quociente eleitoral, é necessário calcular o chamado quociente partidário (QP). Ele é determinado pela divisão da quantidade de votos válidos dados sob a mesma legenda pelo quociente eleitoral, desprezada a fração (QP = nº votos válidos recebidos pelo partido ou federação/QE).

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Política

Senado aprova acordo com Israel assinado por Bolsonaro em meio a tensões diplomáticas

O acordo prevê a regulação do transporte aéreo de ageiros e cargas entre os dois países

11/06/2025 21h00

Senado aprova acordo com Israel assinado por Bolsonaro em meio a tensões diplomáticas

Senado aprova acordo com Israel assinado por Bolsonaro em meio a tensões diplomáticas Divulgação

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O Senado aprovou nesta terça-feira, 10, em votação simbólica, o texto do Acordo sobre Serviços Aéreos (ASA) entre Brasil e Israel, assinado em Jerusalém, em março de 2019, durante o governo Bolsonaro. O acordo prevê a regulação do transporte aéreo de ageiros e cargas entre os dois países.

Em paralelo, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a por um período de tensões diplomáticas com os israelenses. O presidente recebeu críticas por suas declarações contra o país.

Na última semana, em Paris, Lula acusou Israel de cometer "genocídio premeditado" na Faixa de Gaza. Essa foi a terceira vez na mesma semana que o petista criticou o governo israelense pela guerra contra o grupo terrorista Hamas.

Israel diz que críticas como as de Lula são antissemitas e instigam o ódio contra a comunidade judaica. Em resposta, o governo israelense deu uma reprimenda pública no embaixador brasileiro Frederico Meyer. Após o episódio, o Itamaraty tirou o diplomata de Israel. Desde então, as relações com o Brasil estão frias.

Além disso, nesta segunda-feira, 9, o Ministério das Relações Exteriores pediu ao governo de Israel a libertação do brasileiro Thiago Ávila. O ativista estava a bordo do barco que levava ajuda humanitária aos moradores da Faixa de Gaza e foi interceptado pelos israelenses.

O acordo entre Brasil e Israel

O projeto de decreto legislativo recebeu parecer favorável do senador Marcos Pontes (PL-SP) e segue agora para promulgação. O acordo aprovado no plenário tem por finalidade disciplinar o transporte aéreo de ageiros, de cargas e mala postal, especificando, entre outros pontos, a designação de empresas, rotas, tarifas e segurança.

Segundo o texto, cada país concede ao outro direitos para operar serviços aéreos internacionais em determinadas rotas, além de permitir às empresas aéreas designadas alguns direitos, como sobrevoar o território da outra parte sem pousar e fazer escalas no território do outro país para fins não comerciais, entre outros.

O relator ressalta que o acordo tem o objetivo de incrementar os laços de amizade, entendimento e cooperação entre Brasil e Israel, que agora am a contar com um marco legal estável para a operação de serviços aéreos entre seus territórios.

Ainda segundo Pontes, o projeto está em conformidade com a Política Nacional de Aviação Civil e favorece a circulação de pessoas e bens entre Brasil e Israel.

O texto foi aprovado na Comissão de Relações Exteriores (CRE) em maio e seguiu para apreciação do plenário.
 

Política

Justiça nega habeas corpus e ex-vereador acusado de corrupção continuará preso

Claudinho Serra foi preso por suposto envolvimento em esquema de corrupção e fraudes em licitações em Sidrolândia

11/06/2025 18h29

Claudinho Serra teve habeas corpus negado e continuará preso

Claudinho Serra teve habeas corpus negado e continuará preso Arquivo/Câmara Municipal

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 O ex-vereador de Campo Grande, Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, conhecido como Claudinho Serra, preso no dia 5 de junho por suspeita de integrar organização criminosa responsável esquema de corrupção e fraudes em licitações em Sidrolândia, teve o pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

O desembargador José Ale Ahmad Netto indeferiu o habeas corpus criminal impetrado pelo advogado de Claudinho Serra, no qual pedia a liberdade provisória do ex-parlamentar. Desta forma, ele permanecerá preso em regime fechado.

Claudinho Serra foi preso em decorrência do cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pelo juízo da Vara Criminal de Sidrolândia, na 4ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Ministério Público Estadual, com apoio dos grupos Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) 

Ele já havia sido preso anteriormente na 3ª  fase da operação e foi denunciado por organização criminosa, corrupção e fraude em licitações e contratos istrativos na Prefeitura Municipal de Sidrolândia. 

Na 4ª fase, o MPMS afirma que o esquema de corrupção se "manteve ativo mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares", 

As investigações, conforme o Ministério Público, confirmam que altas quantias de propina foram pagas a agentes públicos para que o esquema criminoso conseguisse fraudar licitações e contratos istrativos com a Prefeitura de Sidrolândia, o que incluía acordos "milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica".

Além do ex-vereador, o Ministério Público Estadual cumpriu outros três mandados de prisão e 29 mandados de busca e apCreensão.

Relembre

Claudinho Serra foi preso no dia foi preso no dia 3 de abril de 2024 durante a terceira fase da “Operação Tromper”, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgãos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), apontado como líder da organização criminosa.

Após 23 dias preso, ele teve a liberdade provisória, com uso de tornozeleira e cumprimento de outras condições estabelecidas pelo desembargador José Ale Ahmad Neto.

Em 2020 ele foi eleito suplente de vereador e só tomou posse cerca de três anos depois, em 23 de maio do ano ado, quando assumiu a vaga de João Rocha (PSDB), parlamentar esse que se licenciou para assumir como secretário municipal de Governo e Relações Institucionais. 

Genro da ex-prefeita Vanda Cristina Camilo - eleita para o período 2021/2024 e derrotada no último pleito por Rodrigo Basso -, Claudinho foi reconduzido a vereador quando o então parlamentar Ademir Santana renunciou ao cargo, apenas em março de 2024, ficando pouco mais de um mês na Casa de Leis antes que o escândalo explodisse. 

Tromper: 1ª fase

Em maio de 2023 foi deflagrada a Operação Tromper, com busca e apreensão em casas de servidores municipais de Sidrolândia tendo como alvo grupo criminoso que participava de esquema de corrupção e fraudes em licitações.

Ao todo, 16 mandados foram cumpridos na ação sendo que, segundo apurou a investigação, o esquema de corrupção funcionava, pelo menos, desde 2017, voltado para obter vantagens ilícitas.

Essas vantagens vinham por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal. 

Após a divulgação da Operação contra os servidores, a atual prefeita, Vanda Camilo, publicou uma nota dizendo que estava acompanhando o desdobramento da operação e que seu dever é "zelar pela integridade", "transparência e legalidade de todas as ações realizadas em sua gestão".

Operação Tromper: 2ª fase

Em julho de 2023, no segundo desdobramento da Operação, o MPE cumpriu quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão, realizada por meio da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Sidrolândia, do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).

Foram detidos dois empresários e dois servidores municipais. Um dos servidores é Tiago Basso da Silva, ex-chefe do setor de execução e fiscalização de contratos do município, e outro o comissionado César Bertoldo, que atua na área de licitação da prefeitura. 

Os empresários investigados foram Uevertom da Silva Macedo, candidato do Partido Social Democrático (PSD) na última eleição, e Roberto da Conceição Valençuela, dono da R&C Comércio e Serviços.

Operação Tromper: 3ª fase

Quase um ano depois da primeira fase, em abril de 2024, os agentes do GECOC e do GAECO cumpriram oito mandados de prisão - sendo um dos alvos o vereador Claudinho Serra (PSDB), genro da atual prefeita de Sidrolândia - e 28 de busca e apreensão, em 3ª fase de operação que apura corrupção envolvendo o executivo municipal de Sidrolândia durante a manhã desta quarta-feira (03).

Ao Correio do Estado, fontes rearam que ao menos sete policiais compareceram à residência do vereador Claudinho Serra, que fica localizada no residencial de luxo Damha III em Campo Grande. 

Também, o Ministério Público apontou que os contratos identificados e objetos da investigação alcançavam o montante aproximado de R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais à época)

Ainda em outubro de 2024, Claudinho seguia como vereador na Câmara Municipal de Campo Grande, do qual não compareceu desde abril, usando constantes atestados médicos de 30 dias para se afastar do cargo após a polêmica. 

   

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