Política

ARTICULAÇÕES

Em São Paulo, Nelsinho trata com Kassab e Tarcísio do destino do PSD em MS

Durante reunião com a cúpula do partido, o senador sul-mato-grossense também conversou sobre a questão de continuar na legenda

Continue lendo...

O fim de semana foi de articulações políticas para o senador sul-mato-grossense Nelsinho Trad (PSD), que esteve presente em dois eventos realizados pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em São Paulo (SP), com a participação da cúpula da legenda e até do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o parlamentar disse que tratou com as duas lideranças políticas nacionais, tanto do PSD quanto no Republicanos, das eleições gerais do próximo ano, bem como da realidade de Mato Grosso do Sul, que é istrado pelo último governador tucano do Brasil, Eduardo Riedel.

“O Kassab disse que ainda não desistiu de tentar trazer o Riedel para o PSD, como fez com os governadores de Pernambuco, Raquel Lyra, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Porém, falei para ele da afinidade que o governador tem com a senadora Tereza Cristina, presidente estadual do PP. Mesmo assim, ele disse que vai insistir”, revelou.

Nelsinho explicou que o primeiro evento político do PSD em São Paulo foi na noite de domingo, quando foi realizado um jantar com toda a cúpula nacional do partido, que também contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas.

“Ele fez um discurso de estadista e deixou transparecer que pode estar de malas prontas para ingressar no PSD. Arriscaria dizer até que pode ser o candidato do partido a presidente da República no próximo ano”, disse.

Ele acrescentou também que o governador de São Paulo foi muito atencioso com todos os dirigentes do PSD e tratou de pautas de interesse do Brasil.

“Outro ponto que percebi no discurso do Tarcísio foram os elogios feitos aos quadros políticos do PSD, em uma clara demonstração de que não estava entre pessoas de outro partido, mas, sim, de futuros colegas de legenda”, analisou.

O senador ressaltou a afinidade muito grande entre Tarcísio de Freitas e Gilberto Kassab, em razão do fato de o presidente nacional do PSD ser secretário estadual de Governo e Relações Institucionais de São Paulo.

“Apesar disso, dava para perceber a cumplicidade entre ambos, algo que poderemos confirmar nas eleições de 2026”, projetou.

PERMANÊNCIA

Já o segundo evento político do PSD foi na segunda-feira, quando ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung oficializou a filiação ao partido. O ato reuniu os governadores Raquel Lyra, Eduardo Leite e Ratinho Júnior (Paraná), bem como os ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, e André de Paula, da Pesca e Aquicultura.

Conforme Nelsinho, foi nesse ato político que foi discutida a permanência dele ou não no PSD, pois, desde o ano ado, há uma aproximação dele com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tanto que participou do ato bolsonarista realizado no início de maio, em Brasília (DF), pela anistia dos presos pelo 8 de Janeiro.

Na oportunidade, o senador sul-mato-grossense foi assediado por Bolsonaro para trocar o PSD pelo PL, fazendo com que o partido do ex-presidente se tornasse a maior bancada no Senado, saindo de 14 para 15 senadores.

Nos bastidores políticos de Mato Grosso do Sul, já seria dada como certa a troca do PSD pelo PL por parte do parlamentar, porém, após os dois dias com Kassab em São Paulo, deu uma arrefecida no desejo dele trocar de legenda.

“Não vou negar que fui muito paparicado pelo presidente Kassab, que, a todo momento, dizia que eu era senador do PSD e ponto final. Me senti muito prestigiado, mas a política partidária é muito dinâmica e tudo pode acontecer”, declarou Nelsinho, sem deixar clara sua permanência na sigla atual.

Porém, de olho em fortalecer o PSD para as eleições gerais do próximo ano, Kassab não pretende ter nenhuma baixa nos seus quadros, principalmente de um senador, já que uma das armas utilizada por ele para ter poder de negociação política está no fato de ter uma bancada numerosa na Câmara dos Deputados e também no Senado.

Assine o Correio do Estado

Fugiu

'Zambelli pode ser presa a qualquer momento', diz embaixador do Brasil na Itália

A declaração foi dada em entrevista para a Globonews nesta quinta-feira, 12

12/06/2025 20h00

'Zambelli pode ser presa a qualquer momento', diz embaixador do Brasil na Itália

'Zambelli pode ser presa a qualquer momento', diz embaixador do Brasil na Itália Divulgação

Continue Lendo...

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) enviar o pedido de extradição da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), o embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca, afirmou que "ela poderá ser presa a qualquer momento". A declaração foi dada em entrevista para a Globonews nesta quinta-feira, 12.

"Há uma mobilização para deter a deputada, porque ela está na lista vermelha de difusão da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento", disse o diplomata.

O embaixador explicou que não há uma operação ou um mandado de busca. Conforme as leis italianas, ela não pode ser presa dentro do domicílio onde estiver, como uma casa ou um hotel. Mas a medida pode ocorrer em qualquer lugar que não seja inviolável.

"Há um mandado de prisão provisória para fins extradicionais que é o mandado a partir do pedido da Interpol solicitado pelo governo brasileiro, que foi referendado pelas autoridades judiciais italianas", disse.

Procurada pelo Estadão, a equipe da deputada licenciada não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Entenda o pedido de extradição de Zambelli

Após ser condenada a dez anos de prisão e perda do mandato na Câmara dos Deputados por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Carla Zambelli deixou o País. Ela seguiu inicialmente rumo aos EUA e, depois, para a Itália, nação em que ela possui cidadania.

Nesta terça-feira, 11, o STF enviou pedido de extradição para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O documento foi encaminhado para o Itamaraty e, em seguida, para a Embaixada do Brasil na Itália, onde foi aceito pelas autoridades locais.

Na nação europeia, o deputado italiano Angelo Bonelli, do Partido Europa Verde, pressiona o governo pelo envio da procurada de volta ao Brasil. Ele já havia pedido a extradição de Zambelli anteriormente.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), também bloqueou os rendimentos da deputada licenciada nesta quinta-feira, 12. O pedido foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes, que também determinou a prisão preventiva de Zambelli após a saída dela do Brasil.
 

Política

Três deputados de MS votam contra lei que eleva pena do uso de arma ilegal

O projeto de lei aumenta a pena pela posse ou porte de arma de fogo de uso proibido, como fuzis. A reclusão que antes variava de 4 a 12 anos a a ser de 6 a 12 anos

12/06/2025 10h45

Três deputados de MS votam contra lei que eleva pena do uso de arma ilegal

Três deputados de MS votam contra lei que eleva pena do uso de arma ilegal Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

Continue Lendo...

A Câmara dos Deputados aprovou na noite da última quarta-feira (11) o projeto de lei que aumenta a pena pela posse ou porte de arma de fogo de uso proibido, como fuzis. A reclusão que antes variava de 4 a 12 anos a a ser de 6 a 12 anos.

A proposta que agora segue para o Senado, recebeu votos contrários de três parlamentares de Mato Grosso do Sul: Rodolfo Nogueira (PL), conhecido como “Gordinho do Bolsonaro”, Beto Pereira (PSDB) e Marcos Pollon (PL).

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo relator, o deputado Max Lemos (PDT-RJ), ao Projeto de Lei 4149/04, de autoria do deputado Carlos Sampaio (PSD-SP). A nova versão altera trechos do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03),ampliando a punição para uma série de condutas relacionadas ao uso ilegl de armamento e explosivos.

Além do porte ou posse de arma de uso proibido, a pena de 6 a 12 anos também valerá para quem: 

  • tirar ou mudar numeração e marcas de identificação de arma de fogo ou artefato;
  • mudar as características de arma de fogo para torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou ou induzir policial, juiz ou perito a erro;
  • possuir, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário sem autorização legal;
  • comprar ou transportar arma de fogo com numeração, marca ou sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
  • vender, entregar ou fornecer arma de fogo, ório, munição ou explosivo a criança ou adolescente;
  • produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, munição ou explosivos ou adulterá-los de qualquer forma

Apesar do endurecimento, a pena para posse de arma de uso foi mantida: reclusão de 3 a 6 anos, mais multa. 

Outro ponto do projeto, é o agravamento da pena para disparo de arma de fogo em locais públicos ou habitados, quando for usada a arma de uso proibido. A pena, que hoje é de 2 a 4 anos de reclusão, ará a ser de 3 a 6 anos, além da multa. 

Também haverá punição mais severa para o comércio ilegal e tráfico internacional de armamentos. Se o crime envolver armas, órios ou munições de uso proibido, a pena será dobrada - atualmente o agravante é de 50%. 

Durante a votação, foram rejeitados destaques apresentados por parlamentares dos partidos PL e Novo, que tentavam barrar o aumento das penas. Outros deputados de MS também estavam presentes e votaram a favor do novo texto, entre eles Dr. Luiz Ovando (PP), Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Camila Jara (PT) e Vander Loubet    (PT).

O relator acatou emenda que define, na própria lei, o que são armas de uso proibido. Segundo o texto, são aquelas descritas em tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, além de munições incendiárias ou químicas e armas disfarçadas como objetos inofensivos (simulacros). O objetivo é evitar que essas definições fiquem a critério de decretos do Executivo.
Parlamentares da oposição criticaram essa possibilidade, apontando que mudanças por decreto poderiam afetar cidadãos que possuem armas de forma regular.

"É urgente combater as armas ilegais. Mas os que possuem armas de forma legal não podem ser penalizados pela mudança de um decreto", disse o deputado Capitão Alden (PL-BA). 

Max Lemos, no entanto, garantiu que a proposta não atinge os colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs). “"À medida que aumentamos as penas para quem utiliza de modo ilegal arma de fogo, estamos protegendo e valorizando os CACs", afirmou.

O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), vice-líder do governo, defendeu a medida como necessária para enfrentar o tráfico de armas. 

“O crime organizado se alimenta do fluxo de armas ilegais. Ter mecanismos de punição para isso é absolutamente necessário e razoável”, declarou. 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).