Política

ELEIÇÕES 2026

Candidatos 70+ vão tentar conquistar vagas na Assembleia Legislativa de MS

Zé Teixeira, Londres Machado, André Puccinelli, Zeca do PT e Jerson Domingos são dados como certos para o próximo pleito

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No Estado, as eleições gerais do próximo ano prometem ser uma das mais concorridas, na comparação com as anteriores, em função do nível das figuras políticas que já colocaram seus respectivos nomes à disposição, a fim de disputarem cadeiras na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

Além disso, pela primeira vez, o pleito de 2026 projeta ter na disputa cinco caciques da política sul-mato-grossense na faixa etária acima dos 70 anos. Tratam-se dos deputados estaduais Zé Teixeira (PSDB), que tem 85 anos e terá 86 anos nas eleições, Londres Machado (PP), que tem 83 anos e fará 84 anos, e Zeca do PT, que tem 75 anos e terá 76 anos.

Também estão previstas as candidaturas do ex-governador André Puccinelli (MDB), que tem 76 anos e terá 77 anos no próximo ano, e do ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), Jerson Domingos (sem partido), que tem 74 anos e fará 75 anos em novembro.

No caso de Domingos, ele terá de se aposentar da Corte de Contas em função da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Bengala, aprovada em 2015 e que altera a idade de aposentadoria compulsória – de 70 para 75 anos – dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União (TCU) e dos tribunais de Contas estaduais.

Em tempos de etarismo exacerbado nas redes sociais, ou seja, discriminação e preconceito baseados na idade, geralmente das gerações mais jovens em relação às mais velhas, principalmente no mercado de trabalho, os cinco caciques políticos de MS ignoram o preconceito e apostam na experiência adquirida para conquistar os eleitores.

“MUITO A CONTRIBUIR”

Esse é o caso de Zé Teixeira, o qual, ao Correio do Estado, disse que a idade não lhe atrapalha em nada.

“Eu serei candidato em 2026 porque acredito que ainda tenho muito a contribuir. Ao longo desses oito mandatos consecutivos, eu reuni experiência e tenho disposição para trabalhar ainda mais por MS”, afirmou.

O parlamentar complementou que o seu conhecimento de política e da realidade da população do Estado ajuda na hora de tomar decisões.

“Tenho prefeitos, vereadores e diversas lideranças que me apoiam por todo o Estado. Graças a Deus e ao meu trabalho, também tenho o reconhecimento do eleitor”, frisou.

Para ele, também não se pode esquecer que, por oito anos, foi o primeiro-secretário da Casa de Leis.

“Nesse período, aproximamos o Poder Legislativo da população e modernizamos a Alems, garantindo ibilidade. Sou defensor do agronegócio, mas também tenho a atenção voltada para a educação e a saúde, porque sem elas acho que não vamos a lugar nenhum”, pontuou.

“OPORTUNIDADE”

Por sua vez, Londres Machado (PP) disse que disputar a reeleição é uma “oportunidade que Deus me dá de continuar atendendo a população sul-mato-grossense”.

“Fazer política é muito gratificante e renova as minhas forças. A experiência nos faz mais fortes e aumenta a nossa responsabilidade em continuar contribuindo para atender às aspirações e concretizar os sonhos das famílias de nosso estado”, argumentou.

Já no caso de Zeca do PT, ele confirmou ao Correio do Estado que é pré-candidato à reeleição.

“Ou seja, vou novamente me colocar à disposição do PT. Não tenho nenhuma dificuldade com relação à minha idade”, assegurou.

Ele adicionou que, aos 75 anos, se sente inteiro, mental, espiritual e fisicamente.

“Penso que posso e devo dar minha contribuição a MS, com a experiência de meus mandatos de vereador, deputado estadual e federal e governador”, concluiu.

O Correio do Estado procurou o ex-governador André Puccinelli e o conselheiro Jerson Domingos, entretanto, até o fechamento desta reportagem, não houve retorno de ambos – o espaço continua aberto.

SAIBA

A Constituição Federal não estipula limite máxima de idade para concorrer a qualquer cargo eletivo, entretanto, a legislação brasileira exige uma idade mínima para alguém ser presidente da República, senador, governador e vice-governador, deputado estadual/federal, prefeito e vice-prefeito e vereador.

No caso de presidente e senador, a idade mínima é 35 anos, enquanto para governador e vice é 30 anos. Já para deputado estadual/federal e prefeito e vice é 21 anos, enquanto para vereador é 18 anos.

O atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 78 anos e 8 meses, é o mais idoso a comandar o País. Quando assumiu o posto pela terceira vez, em janeiro de 2023, o petista tinha 77 anos e foi o brasileiro mais velho a ser empossado como presidente do Brasil.

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Fugiu

'Zambelli pode ser presa a qualquer momento', diz embaixador do Brasil na Itália

A declaração foi dada em entrevista para a Globonews nesta quinta-feira, 12

12/06/2025 20h00

'Zambelli pode ser presa a qualquer momento', diz embaixador do Brasil na Itália

'Zambelli pode ser presa a qualquer momento', diz embaixador do Brasil na Itália Divulgação

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Após o Supremo Tribunal Federal (STF) enviar o pedido de extradição da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), o embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca, afirmou que "ela poderá ser presa a qualquer momento". A declaração foi dada em entrevista para a Globonews nesta quinta-feira, 12.

"Há uma mobilização para deter a deputada, porque ela está na lista vermelha de difusão da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento", disse o diplomata.

O embaixador explicou que não há uma operação ou um mandado de busca. Conforme as leis italianas, ela não pode ser presa dentro do domicílio onde estiver, como uma casa ou um hotel. Mas a medida pode ocorrer em qualquer lugar que não seja inviolável.

"Há um mandado de prisão provisória para fins extradicionais que é o mandado a partir do pedido da Interpol solicitado pelo governo brasileiro, que foi referendado pelas autoridades judiciais italianas", disse.

Procurada pelo Estadão, a equipe da deputada licenciada não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Entenda o pedido de extradição de Zambelli

Após ser condenada a dez anos de prisão e perda do mandato na Câmara dos Deputados por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Carla Zambelli deixou o País. Ela seguiu inicialmente rumo aos EUA e, depois, para a Itália, nação em que ela possui cidadania.

Nesta terça-feira, 11, o STF enviou pedido de extradição para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O documento foi encaminhado para o Itamaraty e, em seguida, para a Embaixada do Brasil na Itália, onde foi aceito pelas autoridades locais.

Na nação europeia, o deputado italiano Angelo Bonelli, do Partido Europa Verde, pressiona o governo pelo envio da procurada de volta ao Brasil. Ele já havia pedido a extradição de Zambelli anteriormente.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), também bloqueou os rendimentos da deputada licenciada nesta quinta-feira, 12. O pedido foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes, que também determinou a prisão preventiva de Zambelli após a saída dela do Brasil.
 

Política

Três deputados de MS votam contra lei que eleva pena do uso de arma ilegal

O projeto de lei aumenta a pena pela posse ou porte de arma de fogo de uso proibido, como fuzis. A reclusão que antes variava de 4 a 12 anos a a ser de 6 a 12 anos

12/06/2025 10h45

Três deputados de MS votam contra lei que eleva pena do uso de arma ilegal

Três deputados de MS votam contra lei que eleva pena do uso de arma ilegal Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

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A Câmara dos Deputados aprovou na noite da última quarta-feira (11) o projeto de lei que aumenta a pena pela posse ou porte de arma de fogo de uso proibido, como fuzis. A reclusão que antes variava de 4 a 12 anos a a ser de 6 a 12 anos.

A proposta que agora segue para o Senado, recebeu votos contrários de três parlamentares de Mato Grosso do Sul: Rodolfo Nogueira (PL), conhecido como “Gordinho do Bolsonaro”, Beto Pereira (PSDB) e Marcos Pollon (PL).

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo relator, o deputado Max Lemos (PDT-RJ), ao Projeto de Lei 4149/04, de autoria do deputado Carlos Sampaio (PSD-SP). A nova versão altera trechos do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03),ampliando a punição para uma série de condutas relacionadas ao uso ilegl de armamento e explosivos.

Além do porte ou posse de arma de uso proibido, a pena de 6 a 12 anos também valerá para quem: 

  • tirar ou mudar numeração e marcas de identificação de arma de fogo ou artefato;
  • mudar as características de arma de fogo para torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou ou induzir policial, juiz ou perito a erro;
  • possuir, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário sem autorização legal;
  • comprar ou transportar arma de fogo com numeração, marca ou sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
  • vender, entregar ou fornecer arma de fogo, ório, munição ou explosivo a criança ou adolescente;
  • produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, munição ou explosivos ou adulterá-los de qualquer forma

Apesar do endurecimento, a pena para posse de arma de uso foi mantida: reclusão de 3 a 6 anos, mais multa. 

Outro ponto do projeto, é o agravamento da pena para disparo de arma de fogo em locais públicos ou habitados, quando for usada a arma de uso proibido. A pena, que hoje é de 2 a 4 anos de reclusão, ará a ser de 3 a 6 anos, além da multa. 

Também haverá punição mais severa para o comércio ilegal e tráfico internacional de armamentos. Se o crime envolver armas, órios ou munições de uso proibido, a pena será dobrada - atualmente o agravante é de 50%. 

Durante a votação, foram rejeitados destaques apresentados por parlamentares dos partidos PL e Novo, que tentavam barrar o aumento das penas. Outros deputados de MS também estavam presentes e votaram a favor do novo texto, entre eles Dr. Luiz Ovando (PP), Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Camila Jara (PT) e Vander Loubet    (PT).

O relator acatou emenda que define, na própria lei, o que são armas de uso proibido. Segundo o texto, são aquelas descritas em tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, além de munições incendiárias ou químicas e armas disfarçadas como objetos inofensivos (simulacros). O objetivo é evitar que essas definições fiquem a critério de decretos do Executivo.
Parlamentares da oposição criticaram essa possibilidade, apontando que mudanças por decreto poderiam afetar cidadãos que possuem armas de forma regular.

"É urgente combater as armas ilegais. Mas os que possuem armas de forma legal não podem ser penalizados pela mudança de um decreto", disse o deputado Capitão Alden (PL-BA). 

Max Lemos, no entanto, garantiu que a proposta não atinge os colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs). “"À medida que aumentamos as penas para quem utiliza de modo ilegal arma de fogo, estamos protegendo e valorizando os CACs", afirmou.

O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), vice-líder do governo, defendeu a medida como necessária para enfrentar o tráfico de armas. 

“O crime organizado se alimenta do fluxo de armas ilegais. Ter mecanismos de punição para isso é absolutamente necessário e razoável”, declarou. 

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