A pedido do Correio do Estado, os diretores do Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), Aruaque Fresato Barbosa, e do Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems), Lauredi Sandim, fizeram uma projeção de que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) deverá ter uma renovação de 42% nas eleições gerais de 2026.
Na análise deles, dos atuais 24 deputados estaduais, pelo menos 10 não deverão conseguir retornar aos respectivos cargos, em razão da forte concorrência que está sendo esperada para o pleito de 2026
e também pelo fato de os parlamentares vigentes terem uma boa base eleitoral, o que impossibilita uma grande renovação nos quadros da Casa.
Para Barbosa, a concorrência será muito alta em consequência dos ex-prefeitos que pretendem garantir uma vaga na Alems e têm uma forte base política nos municípios que istraram.
“Além disso, muitos dos novos candidatos terão apoio de caciques políticos, como é o caso do diretor do PP de MS, Marco Aurélio Santullo, que será o nome da senadora Tereza Cristina para a Casa de Leis. Ainda temos casos dos próprios caciques que pretendem disputar uma cadeira, como o ex-governador André Puccinelli (MDB), que tem uma força muito grande”, detalhou.
No caso de ex-prefeitos do interior, o diretor do IPR citou o ex-prefeito de Aquidauana Odilon Ribeiro (PSDB) e também o ex-prefeito de Três Lagoas Ângelo Guerreiro (PSDB), os quais saíram dos cargos muito bem avaliados pelas suas respectivas populações.
“Por outro lado, temos deputados estaduais que terão grandes dificuldades para serem reeleitos e, em razão disso, não deverão retornar aos cargos, ainda mais se não tiverem apoio partidário e não tiverem grupo. Esses, com certeza, estarão nessa lista de 10 nomes que não regressarão na próxima legislatura”, projetou Barbosa.
Para ele, todas essas possibilidades farão com que as 24 cadeiras da Alems sejam as mais disputadas desde as últimas eleições em MS. “Parece que está caminhando para esse porcentual de renovação mesmo, variando de 8 a 10 novos nomes ou até mais, o que é algo considerável”, analisou.
No entanto, o diretor do IPR ressaltou que, como há pouco mais de um ano para as eleições de outubro de 2026, muita coisa pode acontecer ainda. “Porém, parece que a Alems tem tudo para ter essa renovação mesmo”, afirmou.
OUTROS ARES
De acordo com Sandim, dos atuais 24 deputados estaduais, apenas Mara Caseiro (PSDB) e Jamilson Name (PSDB) não deverão concorrer à reeleição, abrindo, dessa forma, obrigatoriamente, duas vagas das 10 que são projetas para a renovação.
“Os dois parlamentares têm projetos mais altos e vão disputar vagas na Câmara dos Deputados, em Brasília [DF]. Por isso, devemos ter essa pequena renovação, de 6 a 10 novos deputados estaduais”, pontuou.
Além disso, conforme o diretor do Ipems, pelo menos cinco ex-prefeitos deverão ocupar vagas na Alems, pois virão com muita força no pleito do próximo.
“São eles Hélio Pellufo [PSDB], ex-prefeito de Ponta Porã; Odilon Ribeiro, ex-prefeito de Aquidauana; Marquinhos Trad [PDT], ex-prefeito de Campo Grande; Ângelo Guerreiro, ex-prefeito de Três Lagoas; e André Puccinelli [MDB], ex-prefeito de Campo Grande”, enumerou.
Já na Câmara dos Deputados, conforme o diretor do Ipems, a renovação da bancada de Mato Grosso do Sul poderá ser de até 50%.
“Penso que teremos uma renovação maior, podendo ficar entre três e quatro novos parlamentares. Para essas vagas, os nomes mais fortes são o ex-deputado estadual Capitão Contar [PRTB], a ex-deputada federal Rose Modesto [União Brasil] e o ex-prefeito de Dourados, Alan Guedes [PP]”, citou.