Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Facção tem que ser criminalizada, não exaltada!"

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), após o Psol tentar blindar funkeiros ligados ao crime

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Denúncia na PGR vê conluio na interferência de Lula

Virou alvo de denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR) a confissão do presidente Lula (PT) de que recomendou “muita cautela” à Polícia Federal e à Controladoria Geral da União (CGU) na investigação das entidades picaretas beneficiados pelo roubo aos aposentados do INSS. Segundo o autor da denúncia, deputado Evair de Melo (PP-ES), não é papel do chefe de Estado moldar o ritmo da Justiça: “[Lula] não pratica a virtude da prudência, mas o vício do conluio”, diz.

Interferência clara

“Não é cautela, é interferência. Não é estadismo, é subversão silenciosa do Estado de Direito”, afirma a denúncia contra o presidente.

Irmão é agravante

Para Evair, a conduta representa tentativa de obstrução institucional, agravada pela ligação do irmão de Lula Frei Chico a um dos sindicatos.

Objetivo foi blindar

O objetivo seria “preservar interesses de base aliada, sindicatos e entidades que orbitam politicamente o governo”, diz a denúncia.

PGR irá ‘analisar’

A PGR deve “analisar” as acusações contra Lula, como a de desvio de finalidade, por se utilizar do cargo para influenciar as investigações.

Renúncia fiscal beneficiou hotel de Lula em Paris

Longe de ar aperto, até pelas salgadas diárias que partem dos R$2,9 mil para sustentar o alto luxo, o grupo hoteleiro Intercontinental foi favorecido em mais de R$7,8 milhões em renúncias fiscais pelo governo brasileiro. A benevolência não comoveu e nem fez a menor diferença na hora de o Intercontinental Paris cobrar a milionária fatura de Lula, Janja e enorme comitiva que recebeu na capital sa. A estada brasileira custou mais de R$1,2 milhão aos brasileiros pagadores de impostos.

Origem da benesse

Quase toda renúncia ocorreu via Perse, programa emergencial criado para socorrer o setor de eventos na pandemia do coronavírus.

Coisa de milhões

Em 2022, o Intercontinental conseguiu alívio de R$ 3,3 milhões com a alíquota do Imposto de Renda e do imposto sobre lucro líquido zerada.

Alô, Taxxad

Em 2023, o fisco foi ainda mais gentil com o grupo hoteleiro de luxo. A renúncia fiscal superou os R$4,5 milhões. Outra vez, usando o Perse.

Mandato medíocre

O PT anda tão em baixa em São Paulo que virou “projeto” convencer o deputado Guilherme Boulos (Psol) a desistir de qualquer candidatura em 2026, até pela atuação apagada na Câmara, para favorecer candidatos do PT. O pagamento seria um ministério. Qualquer um serve.

Problema baiano

Caciques baianos dão como certo que o senador Jaques Wagner (PT-BA) tentará renovar o mandato. O problema é que tem outros de olho na vaga: Rui Costa (PT) e o ainda aliado Ângelo Coronel (PSD-BA) .

Fácil imaginar

Osmar Terra (MDB-RS) lembra que a declaração do presidente do STF, Luis Roberto Barroso, de que a Corte é “órgão político” pode influenciar instâncias inferiores: “Imagine um juiz do interior dizer ‘não vou ser mais técnico, vou ser político’. Que segurança isso dá à população?”.

Silêncio na lacrolândia

Após mais uma piada de Lula contra uma mulher, o alvo da vez foi a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), o vereador Rubinho Nunes (União-SP) estranhou, “Cadê as feministas do sovaco cabeludo?”.

Barraqueiro na fila

Deputados que apoiam Carla Zambelli (PL-SP) lembram que há mais gente na fila da cassação de mandato, até em posição menos favorável, como o barraqueiro Glauber Braga (Psol-RJ).

É o Senado

Lula garantiu Carlos Fávaro como ministro da Agricultura até 2026, quando ele deve sair do cargo para se candidatar. O petista não disse, mas Fávaro deve tentar se reeleger senador por Mato Grosso.

Mara deputada

A ex-tucana Mara Gabrilli (PSD-SP) decidiu que não tentará renovar seu mandato no Senado, em 2026. Não quer ser nem mesmo ser deputada federal: disputará mandato na Assembleia Legislativa (Alesp).

BYD bomba

Parece que os elétricos vieram para ficar: a chinesa BYD deixou a japonesa Toyota para trás: foi a quarta montadora que mais vendeu veículos leves no Brasil. As contas são da Fenabrave.

Pensando bem...

...“muita cautela” com piada não tem.

PODER SEM PUDOR

O Papa e o amigo senador

Paraibano de Pombal, Rui Carneiro era candidato a senador pelo PSD, em 1955, enfrentando a UDN. Reza a lenda da política local que após uma viagem à Europa, ele iniciou sua campanha vitoriosa contando uma história de impacto, num comício: “Paraibanos, estive em Roma com o Papa. Ele me disse: Rui, se destruírem meu trono aqui no Vaticano, sei que tenho um amigo lá na Paraíba. Vá, dê lembranças à comadre Alice e diga ao povo que estou com você.”

EDITORIAL

Juros altos e o preço da desconfiança

Os juros altos são hoje um dos principais obstáculos para o avanço patrimonial de milhões de brasileiros, como a necessidade básica de moradia

14/06/2025 07h15

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Em qualquer estado soberano moderno, o funcionamento do aparato público depende de duas fontes principais de financiamento: a arrecadação de impostos e a emissão de títulos públicos no mercado de capitais. 

No Brasil, como em outras partes do mundo, o Estado toma empréstimos não apenas junto à sua própria população, mas também junto a investidores estrangeiros, pessoas físicas e jurídicas, por meio da negociação desses títulos. O resultado desse processo é a formação de uma dívida pública que cresce à medida que se emite mais títulos para financiar os compromissos do Estado ou que se aumente os juros.

Essa dívida, por sua vez, tem um custo: o pagamento de juros aos credores. Esses juros são o preço da confiança – ou da falta dela – dos investidores no país emissor. Quando o investidor acredita que o Estado é capaz e estável o suficiente para pagar suas dívidas com regularidade, os juros exigidos são menores. Quando há desconfiança, instabilidade política, insegurança jurídica ou descontrole fiscal, o cenário muda: os juros sobem. E com eles, sobem também os custos sociais e econômicos.

É importante ressaltar que o Estado não é apenas um devedor. Ele é, constitucionalmente, o responsável por manter de pé os serviços públicos e as instituições que regulam a vida em sociedade – da Justiça à saúde, da segurança à educação. Mas o Estado também detém poderes únicos: ele pode emitir moeda, fixar regras para os mercados e intervir na economia. O bom uso desses poderes, no entanto, depende de uma gestão responsável que mantenha a credibilidade da máquina pública.

Quando essa credibilidade se perde – seja por incertezas políticas, por deficits descontrolados, por disputas institucionais, seja até mesmo por má vontade de quem empresta, como a falta de empatia –, o reflexo é imediato no mercado financeiro. A confiança se abala, os investidores cobram mais caro para emprestar e os juros sobem. Esse aumento não impacta apenas os cofres do governo: ele tem efeitos profundos no cotidiano da população, especialmente da classe média.

Juros altos são hoje um dos principais obstáculos para o avanço patrimonial de milhões de brasileiros. A necessidade básica de moradia, por exemplo, a a ser sufocada por parcelas impagáveis, financiamentos negados e empreendimentos travados. 

Os bens duráveis – motores clássicos de uma sociedade de consumo – se tornam menos íveis, e o crescimento econômico, que depende do consumo e do investimento, desacelera. O resultado é um ciclo de estagnação e frustração social.

Nesta edição, apresentamos uma reportagem sobre os efeitos concretos dessa realidade no mercado imobiliário. Os sinais são claros: com juros elevados, vende-se menos, empreende-se menos, constrói-se menos. O setor, que é termômetro e motor da economia, sofre. E com ele, sofrem trabalhadores, empresários e consumidores. A redução dos juros, portanto, não é apenas um desejo dos agentes econômicos – é uma necessidade de política pública.

Mas para que os juros caiam, é preciso restaurar a confiança. Isso exige responsabilidade fiscal, estabilidade institucional e previsibilidade nas decisões do governo. Exige também empatia com quem empresta e investe. Em suma, exige um estado que, além de poderoso, seja confiável. Pois só assim será possível aliviar o peso da dívida, estimular o desenvolvimento e garantir melhores condições de vida à população.

Cláudio Humberto

"Acho que virou um fetiche"

Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, sobre o governo culpar emendas pela crise fiscal

14/06/2025 07h15

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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PODER SEM PUDOR

O síndico mirim
 

Cláudio HumbertoO síndico mirim

ACM Neto mostrou desde cedo haver herdado o jeito ACM de se impor. Nos anos 1980, o alto clero carlista (Antonio Imbassahy w o ex-senador ACM Jr) morava no Condomínio Bosque Suíço, em Salvador. Aos dez anos, Neto quis ser síndico do condomínio, já indicando certa votação como gestor, como destacava o avô. Foi impedido pela convenção do condomínio, mas criou a figura do “síndico mirim”. Tinha até verba mensal. O ex-prefeito de Salvador ACM Neto, hoje favorito ao governo da Bahia em 2026, foi o primeiro e único a ocupar o cargo.

Fala de Haddad na Câmara comparada a fake news

O colérico ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse na Câmara tantas barbaridades, há dias, que economistas e educadores financeiros tão populares quanto respeitados, nas redes sociais, como Fernando Ulrich, gravaram vídeos demolindo cada uma delas. Haddad, desinformado, chegou a chamar de “calote nos governadores” o corte de impostos e no preço dos combustíveis por Bolsonaro, em 2022, mitigando impactos da guerra da Ucrânia. O ministro de memória curta disse outros desatinos.

Decisão do STF

Haddad diz que Bolsonaro aplicou “calote nos precatórios”. Fake news. O pagamento de R$95 bilhões foi adiado em 2022 por decisão do STF.

Aí tinha coisa

O STF atendeu pedido do governo Lula (com Haddad), em 2023, para pagar precatórios de R$100 bilhões, mas fora do limite de gastos.

Viva a Eletrobras

Outra lorota é que a Eletrobrás “foi vendida na bacia das almas”. Livre dos roubos petistas, a empresa hoje vale muito mais. E agora dá lucro.

Dividendo é direito

Haddad diz que a Petrobras foi “depenada” por pagar dividendos. Fake. Essa remuneração é devida aos acionistas. Mas só quando dá lucro.

Haddad critica supersalários, mas não os enfrenta

Fernando Haddad e seus porta-vozes agora desafiam o Congresso a “enfrentar” a questão dos supersalários, mas isso é só da boca pra fora, como observou o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), durante entrevista ao podcast Diário do Poder: não há qualquer iniciativa do ministro da Fazenda nessa direção, nem dos políticos que apoiam o governo Lula (PT) no Congresso. Ao contrario, o PT e aliados votaram contra todos os projetos de combate ao marajaísmo no serviço público.

Do bolso pra fora

Hattem vê as hipocrisias do PT no dia a dia, como criticar benefícios fiscais, enquanto os distribui aos bilhões na reforma tributária.

Realidade é outra

Para Hattem, o governo Lula trata supersalários como benefícios fiscais: só falam. “Vai ver o que foi aprovado aí na reforma tributária”, desafia.

Governo

“Atacar salários altos eu sou completamente a favor, penduricalhos, privilégios… faça sua proposta. Mas eles não apresentam”, lamenta.

Vai virar caso de polícia

Apesar de o relatório da I das Bets ter sido rejeitado pelos senadores, a relatora Soraya Thronicke (Pode-MS) prometeu entregar às autoridades policiais toda a documentação obtida pela comissão.

ando vergonha

O governo Lula (PT) continua ando vergonha lá fora. Silenciou no ataque terrorista a Israel que matou mais de 1200, incluindo cinco brasileiros, mas ontem fez a defesa do Irã, que financia os terroristas.

Jogo perigoso

O senador Márcio Bittar (União-AC) vê a prisão do ex-ministro Gilson Machado como “impulso sem provas, urgência ou lógica”. Acha que “Moraes age como jogador desesperado prestes a perder o controle”.

Algo muito errado

Chefe da Secom no governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten diz que “há algo de muito errado nessa história”, após Gilson Machado ser preso por suposta ajuda na fuga de Mauro Cid, que foi solto. O ex-ministro disse que tratou de aporte para seu pai, nada a ver com Cid.

Como fui?

Dois dias antes da prisão, o ex-ministro Gilson Machado falou ao telefone com o Jair Bolsonaro, de quem é amigo. A pedido, avaliou como o ex-presidente tinha se saído no depoimento no STF.

Direção de Censura

Legislando para “regular” redes sociais, ministros defenderam a criação de um órgão, digamos, censor. Modelo da ditadura chinesa foi elogiado, mas o DIP da ditadura Vargas e a Pide salazarista são mais familiares.

Carla hoje, você amanhã

Pesou a orientação do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), contra simples chancela da decisão do STF contra Carla Zambelli (PL-SP). Foi alertado para o precedente.

Remédio com lei

Chefe do departamento de Saúde dos EUA, o ministro da Saúde de lá, Robert F. Kennedy Jr. planeja impor proibição nos EUA de propaganda de remédios na TV. No Brasil, a proibição existe desde 1996.

Pensando bem…

…antes de virar Venezuela, há o período de China pobre.

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