Nesta sexta-feira (11) foram publicados os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicando que a inflação em Campo Grande fechou abaixo do índice nacional (0,42%).
Comparado ao mês de fevereiro, quando atingiu 1,31% devido a alta no transporte coletivo urbano de 4,21% em 24 de janeiro, este mês foi relativamente baixo, mas, não chegando ao menor índice, que foi registrado em janeiro (0,16%), sendo esse o menor IPCA de janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande apresentaram variação positiva na agem de fevereiro para março, ficando entre o 0,06% do grupo Vestuário e o 0,92% do grupo Artigos de residência. O grupo responsável pelo maior impacto foi Transportes, com 0,11 p.p. no índice do mês.
No ano, o IPCA acumula alta de 2,04% na Capital e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,48%, acima dos 5,06% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Já em âmbito nacional, o país fechou o mês de março com 0,51%, exatos 0,75 ponto porcentual (p.p) abaixo da taxa de fevereiro (1,31%).Esse foi o maior IPCA para um mês de março desde 2003 (0,71%).
Importante ressaltar que todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva na agem de fevereiro para março.
O principal responsável por esse aumento foi o grupo Alimentação e Bebidas, que teve uma variação de 1,31%. Entre os alimentos que mais subiram, estão o tomate (22,55%), o ovo de galinha (13,13%) e o café moído (8,14%). Por outro lado, alguns produtos registraram queda, como o óleo de soja (-1,99%), o arroz (-1,81%) e as carnes (-1,60%).
A alimentação fora do domicílio também teve uma aceleração, ando de 0,47% em fevereiro para 0,77% em março. Os maiores aumentos nesse segmento foram nas refeições (0,86%) e no cafezinho (3,48%), enquanto o lanche apresentou uma desaceleração, ando de 0,66% para 0,63%.
Outros grupos que contribuíram para a alta foram Despesas Pessoais, com aumento em cinema e eventos (7,76%), Vestuário (0,59%) e Transportes (0,46%), por conta das agens aéreas e combustíveis, embora com menor força que em fevereiro. O transporte urbano teve queda, graças à tarifa zero aos domingos em cidades como Brasília.
Na Saúde, os planos e itens de higiene subiram, e na Habitação, a energia elétrica teve forte desaceleração após a alta de fevereiro.
As capitais de Curitiba e Porto Alegre lideraram as altas regionais, enquanto Rio Branco e Brasília tiveram as menores variações.
Comparativo
No comparativo com outras capitais brasileiras, Campo Grande (0,42%) teve a sétima menor variação do IPCA. Os 0,42% ficaram atrás de Curitiba (0,76%), Porto Alegre (0,76%), São Paulo (0,71%), São Luís (0,55%), Vitória e Rio de Janeiro com (0,53%).
O índice da capital sul-mato-grossense tem um peso de 1,73% na composição do índice nacional.
No acumulado do ano, a inflação em Campo Grande é de 1,95%. No País, o acumulado inflacionário para o ano é de 2%.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro de 2025 a 31 de março de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (base).