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MS cria ferramenta para vender crédito de carbono

De acordo com o governo do Estado, o sistema promete mais agilidade, precisão e transparência na gestão ambiental de atividades com impacto climático

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Com o objetivo de tornar Mato Grosso do Sul referência nacional e internacional no combate às mudanças climáticas, o Governo do Estado lançou nesta segunda-feira (10) o CarbonControl, um sistema digital inédito voltado ao monitoramento das emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE). A ferramenta foi apresentada durante a abertura do III Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, realizado em Bonito.

O sistema é uma iniciativa do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), em parceria com o Programa Estadual de Mudanças Climáticas (Proclima), e, de acordo com o governo do Estado, promete mais agilidade, precisão e transparência na gestão ambiental de atividades com impacto climático.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a ferramenta será essencial para que o Estado alcance a meta de se tornar carbono neutro até 2030.

“Publicamos uma resolução que a a exigir o inventário de emissões de GEE para todos os empreendimentos que precisam de licenciamento ambiental. O CarbonControl vem para automatizar esse processo”, explicou.

Como funciona

Na prática, o sistema vai reunir e organizar os dados enviados por empresas e produtores, tanto em caráter obrigatório quanto voluntário. A plataforma é integrada ao Cadastro Ambiental Rural de MS (CARMS) e segue as diretrizes do GHG Protocol Brasil, padrão reconhecido internacionalmente para o cálculo de emissões e remoções de carbono.

A proposta é que qualquer pessoa física ou jurídica cujas atividades gerem ou removam GEE registrem seus dados no sistema. A plataforma calcula automaticamente o balanço de emissões, enquanto os dados de remoção de carbono precisam ser inseridos manualmente por técnicos responsáveis, conforme regras técnicas do Imasul e Semadesc.

Ao final, os usuários recebem um relatório completo com o panorama das emissões e sugestões para reduzir o impacto ambiental. Isso permite ajustes estratégicos e fortalece a adoção de práticas mais sustentáveis.

Para o diretor-presidente do Imasul, André Borges, o sistema representa um avanço na gestão pública. “O CarbonControl moderniza os processos, oferece mais eficiência na análise técnica dos inventários e reforça o compromisso do Estado com o desenvolvimento sustentável”, destacou.

O fiscal ambiental Rômulo Louzada lembrou que a ferramenta também permite mensurar o potencial de retenção de carbono no solo e na vegetação, valorizando áreas preservadas como o Pantanal e o Cerrado.

“Com isso, empresas podem registrar não só o que emitem, mas também o que conseguem compensar. É um o importante para equilibrar o impacto ambiental.”

A plataforma integra o conjunto de medidas estabelecidas pelo Proclima para colocar Mato Grosso do Sul na vanguarda da ação climática. Além de facilitar o cumprimento da legislação ambiental, o sistema estimula uma cultura de responsabilidade ecológica entre empresas, produtores e o setor público.

Com o CarbonControl, o Estado espera consolidar uma base sólida de dados sobre emissões e remoções de GEE e se destacar no cenário global como exemplo de gestão ambiental integrada.

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alerta

MS está entre os estados que mais cometem crimes contra a mulher

Mapa da Segurança Pública, divulgado nesta semana pelo governo federal, traz Mato Grosso do Sul entre os primeiros nos registros de feminicídio e estupro

13/06/2025 08h30

Por ser uma cidade com muitos casos de violência, a Capital ganhou a 1ª Casa da Mulher Brasileira

Por ser uma cidade com muitos casos de violência, a Capital ganhou a 1ª Casa da Mulher Brasileira Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com 35 feminicídios e 2.315 estupros, Mato Grosso do Sul está entre os estados brasileiros onde a taxa de casos de crimes contra a mulher por 100 mil habitantes é mais alta. A informação está no Mapa da Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública, publicado nesta semana pelo governo federal.

De acordo com a publicação, que foi elaborada com dados de 2024, Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro com mais casos de feminicídio por 100 mil habitantes, ficando atrás somente de Mato Grosso. A taxa, no ano ado, segundo a pesquisa, foi de 2,39 registros por 100 mil habitantes, enquanto a do primeiro colocado no ranking da violência contra a mulher teve taxa de 2,47.

Os dados mostram que, além do Estado, Campo Grande também aparece entre os municípios do País com mais registros de mortes de mulheres em razão do gênero em 2024. Conforme os dados, a Capital ficou em sexto lugar entre as 10 cidades brasileiras mais perigosas, com 11 casos.

O ranking é liderado pelos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo, ambos com 51 feminicídios em 2024. Brasília (DF), com 23, é a terceira, Manaus (16) e Teresina (PI) vêm na sequência.

Em relação a 2023, Mato Grosso do Sul subiu três posições nesta pesquisa. Naquele ano, MS era o quinto colocado no ranking, com taxa de 2,07 feminicídios a cada 100 mil habitantes, e ficou atrás de Mato Grosso (2,45), que também foi líder, Tocantins (2,31), Acre (2,29) e Rondônia (2,20).

O que contribuiu para a elevação neste ranking foi o aumento de cinco feminicídios de um ano para o outro. Enquanto em 2023 ocorreram 30 assassinatos de mulheres por gênero, no ano seguinte foram 35, elevando a taxa em 16,6%.

ESTUPROS

No caso dos estupros, Mato Grosso do Sul registrou uma queda no ranking do Mapa da Segurança Pública. Enquanto em 2023 o Estado era o terceiro com mais registros por 100 mil habitantes, a pesquisa deste ano mostra que MS está em quarto lugar.

Ao todo, foram registrados 2.315 estupros em 2024, com taxa de 79,78 casos por 100 mil habitantes, número inferior ao de Rondônia, com 87,73, Roraima, com 84,68, e Amapá, com 81,96.

Em números absolutos, a queda entre 2023 e 2024 foi de 14,98%, saindo de 2.723 para 2.315 casos.
A pesquisa também mostra que 85% dos casos de estupro são referentes a mulheres, com 1.968 registros, dos 2.315 totais.

Por ser uma cidade com muitos casos de violência, a Capital ganhou a 1ª Casa da Mulher Brasileira

SUICÍDIO

O Mapa da Segurança Pública traz vários outros indicadores importantes, entre eles, o que apresenta que Mato Grosso do Sul é o estado que registrou o maior aumento porcentual de vítimas de suicídio entre 2023 e 2024 no País.

Conforme o levantamento, o aumento foi de 67,84% na taxa estadual, ando de 171 casos, em 2023, para 287, em 2024. Em números absolutos, foram 116 casos a mais.

A análise dividida por sexo aponta a predominância do sexo masculino entre as vítimas de suicídio no Brasil.
Em 2024, dos 287 registros, 212 corresponderam a pessoas do sexo masculino, representando 73% do total, enquanto 63 eram pessoas do sexo feminino. Segundo o Ministério, esse padrão de prevalência do sexo masculino tem se mantido estável ao longo dos anos.

No comparativo com 2023, de 171 casos, foram 133 vítimas homens e 34 mulheres.

Em todo o Brasil, foram registrados 16.218 suicídios no ano ado, o que representa uma redução de 1,44% em relação a 2023, quando foram contabilizados 16.455 casos. Essa média equivale a aproximadamente 44 suicídios por dia no País.

AGENTES DO ESTADO

O Mapa da Segurança Pública traz também o recorte de suicídios de agentes do Estado, e Mato Grosso do Sul também teve elevação expressiva, de 300%, ando de 1 para 4 casos, sendo a segunda maior variação do País, atrás apenas do Distrito Federal, que teve aumento de 600%, de 1 caso, em 2023, para 7, em 2024. 
Ainda segundo o Ministério, a tendência de crescimento acende um alerta sobre a saúde mental dos profissionais de segurança pública.

A análise regional mostra que a Região Sudeste concentrou o maior número de casos em 2024, com 55 suicídios, crescimento de 5,77% em relação a 2023 (52 casos). O Nordeste aparece em seguida, com 40 vítimas, aumento de 17,65% em comparação ao ano anterior (34). A Região Sul registrou 27 suicídios, contra 23 em 2023, alta de 17,39%.

O Centro-Oeste teve o maior crescimento porcentual entre as regiões, com 19 casos em 2024, perante 11 em 2023 – variação de 72,73%.

* Colaborou Glaucea Vaccari

Cidade Branca

Presença de onça faz comunidade evitar circulação de crianças e recolher animais domésticos

A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul confirmou a presença do maior felino da América Latina, próximo a uma comunidade em Corumbá; veja video

12/06/2025 18h13

ICMBIO / Divulgação

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Durante o trabalho de fiscalização, a Polícia Militar Ambiental (PMA) avistou uma onça-pintada (Panthera onca) na linha da fronteira entre a Bolívia e Corumbá.

Com a confirmação da presença do animal silvestre, os policiais ambientais orientaram os moradores a evitar a aproximação, manter os animais domésticos em casa durante a noite e impedir que crianças andem sozinhas por trilhas ou áreas de mata.

Apesar de a onça ter sido vista em uma área de mata, a região é próxima a residências. A PMA reforçou que permanece realizando rondas, utilizando quatro viaturas posicionadas nos seguintes pontos:

  • Mirante da Capivara;
  • Região da Cacimba;
  • Porto Geral, entre outros.

Segundo o órgão, o registro do maior felino da América Latina reforça a necessidade da presença contínua das equipes em campo, especialmente em regiões do bioma pantaneiro.

Outros pontos que estão sob observação também registraram a presença de onças.

Monitoramento


Desde o incidente em que o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, perdeu a vida após um ataque de onça-pintada, a PMA tem intensificado as rondas, instruindo turistas e moradores da região de que a prática da ceva é crime.

Cabe ressaltar que, ligada à morte do caseiro, a ceva é proibida há 10 anos em Mato Grosso do Sul.

Publicada em maio de 2015, a resolução destaca que “é proibida a alimentação ou ceva de mamíferos de médio e grande porte silvestres em vida livre, com o objetivo de atrair, aumentar a chance de observação ou garantir sua permanência em determinada localidade.”

Em caso de novos avistamentos, a orientação é acionar a PMA. Isso auxilia no mapeamento das ocorrências e permite o planejamento das medidas necessárias.

Essas ações são fundamentais para a segurança da população local, bem como para a convivência harmoniosa entre os moradores e a fauna silvestre.

 

 

 

Telefones para emergência:

  • 190 – Polícia Militar
  • (67) 3231-5201 – Sede da Companhia de Polícia Militar Ambiental, Rodovia Ramão Gomes, km 1,5, Bairro Dom Bosco
  • (67) 3232-2469 – Central de atendimento da Polícia Militar Ambiental em Corumbá

** Colaborou: Leo Ribeiro e Alison Silva

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