Cidades

Operação Tromper

Gaeco prende quatro suspeitos em operação que investiga corrupção na istração de Sidrolândia

Entre os investigados, estão servidores públicos e empresários

Continue lendo...

Nesta sexta-feira (21), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) deflagrou a segunda fase da Operação “Tromper”, que investiga um esquema de corrupção na atividade istrativa de Sidrolândia, município localizado a aproximadamente 64 quilômetros de Campo Grande.

A ação teve como alvo o cumprimento de quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão, e foi realizada por meio da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Sidrolândia, do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).

Depois da primeira fase, realizada no dia 18 de maio deste ano, as investigações identificaram o efetivo conluio entre empresas que participaram de esquema de corrupção e fraudes em licitações em contratos firmados com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, que somados chegam a valores milionários.

Segun do o Ministério Público, também se apurou a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, bem como o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da istração pública.

Conforme apurou o Correio do Estado, foram detidos dois empresários e dois servidores municipais. Um dos servidores é Tiago Basso da Silva, ex-chefe do setor de execução e fiscalização de contratos do município, e outro o comissionado César Bertoldo, que atua na área de licitação da prefeitura. 

Os empresários investigados são Uevertom da Silva Macedo, candidato do Partido Social Democrático (PSD) na última eleição, e Roberto da Conceição Valençuela, dono da R&C Comércio e Serviços.

Primeira Fase

No dia 18 de maio deste ano, a Operação Tromper cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em residências de servidores municipais, empresas prestadoras de serviços da istração municipal e em uma garagem de veículos. 

À época, o MPMS apontou que o esquema de corrupção na atividade istrativa de Sidrolândia, envolvendo empresas que prestam serviço para a prefeitura, servidores, entre outros, funcionava desde 2017, com a finalidade de obter vantagens ilícitas.

Essas vantagens vinham por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal. 

Para dar legitimidade ao esquema fraudulento e aos processos de licitação, onde promoviam o desvio de recursos públicos reservados para a execução dos contratos, os investigados viabilizavam a abertura de empresas e o registro junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) ou se aproveitavam da existência de cadastramento preexistente para incrementar o objeto social sem que o estabelecimento comercial apresentasse experiência, estrutura ou capacidade  técnica para a execução do serviço contratado ou fornecimento do material adquirido pelo Município. 

O MP pediu à Justiça a incriminação dos denunciados por peculato, falsidade ideológica, fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal.

Entre os envolvidos estavam servidores, um deles com cargo de chefia e que, com a quebra do sigilo bancário, descobriu-se depósitos em suas contas de empresas do esquema que alternavam de R$ 2 a R$ 7 mil, e três empresas.

Na ocasião, ao menos onze pessoas - entre as quais empresários e servidores municipais - deveriam ter sido presas, mas não foram porque a Justiça rejeitou a solicitação do MPMS. Sendo assim, foram efetuados somente os mandados de busca e apreensão.

  

 TROMPER

Verbo que dá nome à operação traduz-se da língua sa como ‘enganar’.

 

Colaborou: Glaucea Vaccari e Celso Bejarano

Assine o Correio do Estado.

alerta

MS está entre os estados que mais cometem crimes contra a mulher

Mapa da Segurança Pública, divulgado nesta semana pelo governo federal, traz Mato Grosso do Sul entre os primeiros nos registros de feminicídio e estupro

13/06/2025 08h30

Por ser uma cidade com muitos casos de violência, a Capital ganhou a 1ª Casa da Mulher Brasileira

Por ser uma cidade com muitos casos de violência, a Capital ganhou a 1ª Casa da Mulher Brasileira Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Com 35 feminicídios e 2.315 estupros, Mato Grosso do Sul está entre os estados brasileiros onde a taxa de casos de crimes contra a mulher por 100 mil habitantes é mais alta. A informação está no Mapa da Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública, publicado nesta semana pelo governo federal.

De acordo com a publicação, que foi elaborada com dados de 2024, Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro com mais casos de feminicídio por 100 mil habitantes, ficando atrás somente de Mato Grosso. A taxa, no ano ado, segundo a pesquisa, foi de 2,39 registros por 100 mil habitantes, enquanto a do primeiro colocado no ranking da violência contra a mulher teve taxa de 2,47.

Os dados mostram que, além do Estado, Campo Grande também aparece entre os municípios do País com mais registros de mortes de mulheres em razão do gênero em 2024. Conforme os dados, a Capital ficou em sexto lugar entre as 10 cidades brasileiras mais perigosas, com 11 casos.

O ranking é liderado pelos municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo, ambos com 51 feminicídios em 2024. Brasília (DF), com 23, é a terceira, Manaus (16) e Teresina (PI) vêm na sequência.

Em relação a 2023, Mato Grosso do Sul subiu três posições nesta pesquisa. Naquele ano, MS era o quinto colocado no ranking, com taxa de 2,07 feminicídios a cada 100 mil habitantes, e ficou atrás de Mato Grosso (2,45), que também foi líder, Tocantins (2,31), Acre (2,29) e Rondônia (2,20).

O que contribuiu para a elevação neste ranking foi o aumento de cinco feminicídios de um ano para o outro. Enquanto em 2023 ocorreram 30 assassinatos de mulheres por gênero, no ano seguinte foram 35, elevando a taxa em 16,6%.

ESTUPROS

No caso dos estupros, Mato Grosso do Sul registrou uma queda no ranking do Mapa da Segurança Pública. Enquanto em 2023 o Estado era o terceiro com mais registros por 100 mil habitantes, a pesquisa deste ano mostra que MS está em quarto lugar.

Ao todo, foram registrados 2.315 estupros em 2024, com taxa de 79,78 casos por 100 mil habitantes, número inferior ao de Rondônia, com 87,73, Roraima, com 84,68, e Amapá, com 81,96.

Em números absolutos, a queda entre 2023 e 2024 foi de 14,98%, saindo de 2.723 para 2.315 casos.
A pesquisa também mostra que 85% dos casos de estupro são referentes a mulheres, com 1.968 registros, dos 2.315 totais.

Por ser uma cidade com muitos casos de violência, a Capital ganhou a 1ª Casa da Mulher Brasileira

SUICÍDIO

O Mapa da Segurança Pública traz vários outros indicadores importantes, entre eles, o que apresenta que Mato Grosso do Sul é o estado que registrou o maior aumento porcentual de vítimas de suicídio entre 2023 e 2024 no País.

Conforme o levantamento, o aumento foi de 67,84% na taxa estadual, ando de 171 casos, em 2023, para 287, em 2024. Em números absolutos, foram 116 casos a mais.

A análise dividida por sexo aponta a predominância do sexo masculino entre as vítimas de suicídio no Brasil.
Em 2024, dos 287 registros, 212 corresponderam a pessoas do sexo masculino, representando 73% do total, enquanto 63 eram pessoas do sexo feminino. Segundo o Ministério, esse padrão de prevalência do sexo masculino tem se mantido estável ao longo dos anos.

No comparativo com 2023, de 171 casos, foram 133 vítimas homens e 34 mulheres.

Em todo o Brasil, foram registrados 16.218 suicídios no ano ado, o que representa uma redução de 1,44% em relação a 2023, quando foram contabilizados 16.455 casos. Essa média equivale a aproximadamente 44 suicídios por dia no País.

AGENTES DO ESTADO

O Mapa da Segurança Pública traz também o recorte de suicídios de agentes do Estado, e Mato Grosso do Sul também teve elevação expressiva, de 300%, ando de 1 para 4 casos, sendo a segunda maior variação do País, atrás apenas do Distrito Federal, que teve aumento de 600%, de 1 caso, em 2023, para 7, em 2024. 
Ainda segundo o Ministério, a tendência de crescimento acende um alerta sobre a saúde mental dos profissionais de segurança pública.

A análise regional mostra que a Região Sudeste concentrou o maior número de casos em 2024, com 55 suicídios, crescimento de 5,77% em relação a 2023 (52 casos). O Nordeste aparece em seguida, com 40 vítimas, aumento de 17,65% em comparação ao ano anterior (34). A Região Sul registrou 27 suicídios, contra 23 em 2023, alta de 17,39%.

O Centro-Oeste teve o maior crescimento porcentual entre as regiões, com 19 casos em 2024, perante 11 em 2023 – variação de 72,73%.

* Colaborou Glaucea Vaccari

Cidade Branca

Presença de onça faz comunidade evitar circulação de crianças e recolher animais domésticos

A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul confirmou a presença do maior felino da América Latina, próximo a uma comunidade em Corumbá; veja video

12/06/2025 18h13

ICMBIO / Divulgação

Continue Lendo...

Durante o trabalho de fiscalização, a Polícia Militar Ambiental (PMA) avistou uma onça-pintada (Panthera onca) na linha da fronteira entre a Bolívia e Corumbá.

Com a confirmação da presença do animal silvestre, os policiais ambientais orientaram os moradores a evitar a aproximação, manter os animais domésticos em casa durante a noite e impedir que crianças andem sozinhas por trilhas ou áreas de mata.

Apesar de a onça ter sido vista em uma área de mata, a região é próxima a residências. A PMA reforçou que permanece realizando rondas, utilizando quatro viaturas posicionadas nos seguintes pontos:

  • Mirante da Capivara;
  • Região da Cacimba;
  • Porto Geral, entre outros.

Segundo o órgão, o registro do maior felino da América Latina reforça a necessidade da presença contínua das equipes em campo, especialmente em regiões do bioma pantaneiro.

Outros pontos que estão sob observação também registraram a presença de onças.

Monitoramento


Desde o incidente em que o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, perdeu a vida após um ataque de onça-pintada, a PMA tem intensificado as rondas, instruindo turistas e moradores da região de que a prática da ceva é crime.

Cabe ressaltar que, ligada à morte do caseiro, a ceva é proibida há 10 anos em Mato Grosso do Sul.

Publicada em maio de 2015, a resolução destaca que “é proibida a alimentação ou ceva de mamíferos de médio e grande porte silvestres em vida livre, com o objetivo de atrair, aumentar a chance de observação ou garantir sua permanência em determinada localidade.”

Em caso de novos avistamentos, a orientação é acionar a PMA. Isso auxilia no mapeamento das ocorrências e permite o planejamento das medidas necessárias.

Essas ações são fundamentais para a segurança da população local, bem como para a convivência harmoniosa entre os moradores e a fauna silvestre.

 

 

 

Telefones para emergência:

  • 190 – Polícia Militar
  • (67) 3231-5201 – Sede da Companhia de Polícia Militar Ambiental, Rodovia Ramão Gomes, km 1,5, Bairro Dom Bosco
  • (67) 3232-2469 – Central de atendimento da Polícia Militar Ambiental em Corumbá

** Colaborou: Leo Ribeiro e Alison Silva

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).