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Associação lamenta morte de cirurgião que caiu do 6º andar na Santa Casa

Corpo foi encontrado em uma arela que liga o Prontomed ao Hospital do Trauma

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A Associação Brasileira de Odontologia (seção de Mato Grosso do Sul) lamentou a morte do cirurgião-dentista Dr. André Afif Elossais, que na manhã desta quarta-feira (4), caiu do 6º andar da Santa Casa de Campo Grande, na avenida Eduardo Santos Pereira. Procurado pelo Correio do Estado, o hospital não confirmou a morte do servidor oficialmente.

Conforme apurado pela reportagem, a família de André solicitou à Santa Casa  para que restringisse informações sobre a morte do cirurgião.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a queda de Afif foi de aproximadamente 20 metros de altura. À polícia, familiares da vítima alegaram que ele possuía histórico de tentativa de suicídio e sofria de depressão, o que também foi confirmado por colegas de trabalho do profissional.

Abaixo, segue a nota da Associação Brasileira de Odontologia

"A Associação Brasileira de Odontologia - Seção Mato Grosso do Sul (ABO/MS) lamenta profundamente o falecimento do Dr. André Afif Elossais, ocorrido na manhã desta quarta-feira, em Campo Grande/MS.

Mestre, Doutor e Pós-Doutor, ele foi professor na ABO/MS por muitos anos, contribuindo significativamente para a formação de centenas de cirurgiões-dentistas, sempre com dedicação, ética e compromisso com o ensino e a Odontologia.

Neste momento de dor, a ABO/MS se solidariza com os familiares, amigos e colegas de profissão, expressando gratidão por todo o legado construído por Dr. André ao longo de sua trajetória dentro da instituição.

Seu trabalho e exemplo permanecerão vivos na memória da comunidade odontológica sul-mato-grossense."

O fato

Afif teria chegado ao hospital para trabalhar, entrado em sua sala, de onde, horas depois, funcionários escutaram um forte barulho vindo do cômodo.

Em seguida, ao verificar do que se tratava, Afif foi encontrado em uma arela que liga o Prontomed ao Hospital do Trauma.

Até o momento, não se sabe se a morte foi um acidente ou tentativa de suicídio. Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou os primeiros socorros, entretanto, Afif teria morrido antes mesmo do socorro médico.

Do mesmo modo, o Conselho Regional de Odontologia também prestou condolências ao cirurgião, o qual classificou como um profissional de excelência. 

"É com imenso pesar que o CRO-MS comunica o falecimento do cirurgião-dentista, André Afif, profissional de referência na Odontologia sul-mato-grossense. Dr. André atuou por muitos anos na Santa Casa de Campo Grande, onde atualmente era responsável pelo Núcleo de Pesquisa da Escola de Saúde do hospital. O profissional foi professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Unigran e também comandou diversos cursos de pós-graduação da ABO-MS, deixando um legado de dedicação à formação de profissionais e ao cuidado com os pacientes. O CRO-MS manifesta suas mais sinceras condolências à família, amigos e colegas, desejando força e serenidade neste momento de profunda dor."

Carreira profissional 

Graduado em Odontologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), André Afif era mestre pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e doutor em Ciências Odontológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). 

Foi professor do Curso de Odontologia do Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran), onde exerceu o cargo de Coordenador do Curso de Odontologia. 

Do mesmo modo, gestor e professor do Curso de Especialização em Dentística Prótese da Associação Brasileira de Odontologia - Seção Mato Grosso do Sul.

Possuía experiência na área de Odontologia, com ênfase em Biomateriais, Dentística, Clínica Odontológica e Laser em Odontologia e era responsável pelo Núcleo de Pesquisa da Escola de Saúde Santa Casa de Campo Grande. 

*Colaborou Naiara Camargo 

(Atualizado para acréscimo de informações)

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PANTANAL DE MS

Mesmo sem dragagem do Rio Paraguai, transporte de minérios bate recorde

Média mensal deste ano é de 513,5 mil toneladas, o que é 6% acima do volume transportado no melhor ano da história, em 2023

14/06/2025 14h20

Minérios despachados pelo Rio Paraguai a partir de Ladário e Corumbá equivalem a 10 mil carretas por mês em 2025

Minérios despachados pelo Rio Paraguai a partir de Ladário e Corumbá equivalem a 10 mil carretas por mês em 2025

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Apesar do veto do Ibama à dragagem de manutenção no leito do Rio Paraguai, a hidrovia nunca viu tanto minério sendo escoado a partir dos portos de Ladário e Corumbá como nos primeiros quatro meses de 2025, conforme apontam dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgados nesta semana. 

No primeiro quadrimestre os comboios de barcaças desceram o Rio Paraguai com 2,054 milhões de toneladas, o que representa uma média de 513,5 mil toneladas por mês, conforme a Antaq.

Se este volume fosse retirado do Pantanal por caminhões, seriam necessárias em torno de 10 mil viagens com carretas bi-trem.

O volume supera inclusive o escoamento de 2023, que até agora é o ano recorde de transporte pela hidrovia a partir dos embarques feitos em Mato Grosso do Sul. Naquele ano, a média mensal dos primeiros quatro meses foi de 483,7 mil toneladas de minério por mês. Isso representa aumento de 6,1% na comparação com aquele que era o melhor ano. 

E isso somente está sendo possível por conta do aumento nas chuvas tanto em Mato Grosso do Sul quanto na parte sul de Mato Grosso desde o final de setembro do ano ado. Em decorrência destas precipitações, o nível do Rio Paraguai em Ladário voltou a ar dos três metros nesta semana e neste sábado (14) amanheceu com 3,02 metros, o que não ocorria desde 26 de outubro de 2023. 

Nesta mesma época do ano ado o nível estava em 1,29 metro e fazia 40 dias que estava baixando. O pico de 2024 foi de apenas 1,47 metro e por conta da escassez de chuvas o rio chegou ao seu mais baixo nível em 124 anos de medição, alcançando 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, em 17 de outubro. 

Agora, a tendência é de que o nível continue subindo, embora lentamente, por mais alguns dias. Depois disso, tende a descer em torno de 40 a 50 centímetros por mês. E, se as chuvas retomarem seu ritmo histórico a partir de setembro, é possível que praticamente não ocorra interrupção no transporte durante o período de estiagem. 

Quando o rio atinge 1,5 metro, os comboios com minério podem deixar a região de Ladário e Corumbá com carga plena. Abaixo disso já podem ocorrer algumas reduções de carga. Mas, a partir do momento em que o nível fica abaixo de um metro, o transporte começa a ser suspenso. 

E foi justamente por conta da falta de água que no ano ado a média mensal de escoamento de minério nos primeiros quatro meses do ano foi de 297 mil toneladas, o que é 42% abaixo daquilo que foi transportado em 2025. 

Porém, se fosse feita a chamada dragagem de manutenção em 18 ponto com bancos de areia ao longo dos cerca de 600 quilômetros entre Corumbá e Porto Murtinho, o transporte poderia ser feito durante o ano inteiro, inclusive nos períodos de estiagem.

Em 31 de julho do ano ado, durante visita do presidente Lula a Corumbá, o presidente do Ibama, Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça, chegou a dar carta branca para o início imediato da dragagem do Rio Paraguai.

Na época, ele acatou o argumento de que aquilo que precisava ser feito no chamado tramo sul da hidrovia não se tratava de dragagem, mas de manutenção de calado, o que não exige os demorados estudos de impacto ambiental. 

Menos de um mês depois, em meio às polêmicas provocadas por uma carta assinada por mais de 40 cientistas e pesquisadores, o Ibama recuou e ou a exigir os estudos, que até agora não foram realizados.

Mesmo assim, o processo de concessão da hidrovia está andando e a expectativa é de que até o fim deste ano ocorra o leilão. Nesta semana, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) apresentou informações sobre a concessão da hidrovia à Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). 

O encontro, segundo a Antaq, reforçou o compromisso em dialogar com todos os envolvidos na licitação, inclusive entes internacionais. O Rio Paraguai banha, além do Brasil, o Uruguai, o Paraguai, a Bolívia e a Argentina.

Sobre a concessão 

Nos primeiros cinco anos da concessão, terão de ser realizados serviços de dragagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantação dos sistemas de gestão do tráfego hidroviário, incluindo Vessel Traffic Service (VTS) e River Information Service (RIS), além dos serviços de inteligência fluvial. Após esse período ainda serão feitas dragagens de manutenção na via.

De acordo com a Antaq, essas melhorias vão garantir segurança e confiabilidade da navegação. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões. O prazo contratual da concessão é de 15 anos com possibilidade de prorrogação por igual período.
 

Batalhão de Choque

Com ajuda de cães farejadores, polícia apreende quase R$ 1 milhão em drogas

Operações foram realizadas nesta sexta-feira (13)

14/06/2025 11h45

Foto: Divulgação/ Policia

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Com ajuda de cães farejadores, o Batalhão de Choque da Polícia Militar apreendeu quase R$ 1 milhão em drogas nesta sexta-feira (13) em Mato Grosso do Sul. 

A primeira ação apreendeu  9,3 quilos de cocaína, em abordagem a um ônibus interestadual entre Campo Grande e São Paulo. Durante patrulhamento de rotina, os policiais realizaram uma vistoria no bagageiro inferior do veículo, onde, com ajuda de um cão farejador Zeus, encontraram nove tabletes de pasta base de cocaína em uma mala.

A ageira responsável pela bagagem foi questionada e itiu que havia sido contratada para transportar a droga até a capital paulista, onde receberia uma quantia em dinheiro, contudo, se recusou a informar quem o contratante.

Ela foi presa em flagrante e encaminhada à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais foram tomadas. 

Outro crime

Na mesma data, a polícia militar encontrou  170 quilos de maconha, distribuída em 225 tabletes em uma transportadora de Campo Grande, no bairro Coronel Antonino.

A droga foi encontrada pelo cão Aron, da raça Pastor Alemão, que indicou a presença de entorpecentes em embalagens identificadas como "tapete de couro automotivo".

A carga foi encaminhada e entregue na Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar). Ao todo, as apreensões resultaram em um prejuízo de R$ 800 mil. 

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