Cidades

CIDADES

Assembleia cobra explicações sobre reajuste surpresa no pedágio da BR-163

A discussão aconteceu durante sessão ordinária realizada na manhã desta quinta-feira (05)

Continue lendo...

Na manhã desta quinta-feira (05), deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul - (Alems), discutiram o 'reajuste surpresa' de 5,53% da tarifa do pedágio da BR-163, que entra em vigor a partir do dia 14 de junho. O processo de aumento foi lançado em fevereiro desse ano, mas estava parado desde março, e foi concretizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no dia 22 de maio, logo depois que a Motiva (antiga MSVia) ganhou o leilão da BR-163 para continuar istrando a rodovia por mais 29 anos.

Na sessão realizada no plenário da Alems, o deputado Junior Mochi (MDB), citou uma matéria divulgado pelo Correio do Estado, informando que a Agência Nacional de Transportes Terrestres e Ministério dos Transportes esconderam o reajuste durante o leilão, quando afirmaram que, o novo aumento só ocorreria em 2026. Entretanto,  a agência aprovou alta à concessionária no mesmo dia da licitação.

Deputado Junior Mochi (MDB), citou uma matéria divulgado pelo Correio do Estado
Deputado Junior Mochi (MDB), citou uma matéria divulgado pelo Correio do Estado - FOTO: Luciana Nassar

Em sua fala, Mochi afirmou que ainda nem foram sentidos os efeitos da repactuação do contrato de concessão da BR-163, e já foram pegos de suspresa com o aumento que foi 'escondido' pela agência e pelo Ministério.

"A empresa que já arrecadou mais de R$ 4 bilhões em pedágio e não cumpriu com  o compromisso do contrato original, que deveria ter duplicado toda a rodovia em cinco anos, e já se aram onze. Agora a empresa muda de nome, repactua e sem nem mesmo um metro de execução da duplicação, já aumenta o valor tarifário. É brincadeira isso! É chamar a gente de trouxa!", disse o parlamentar.

Junior ainda ressaltou que, junto com a Comissão Temporária para Acompanhamento da Concessão da BR-163/MS, entrará com um mandado de segurança na tentativa de suspender o reajuste de 5,53%.

"Nós já requeremos, para que no prazo de 30 dias, a empresa venha e fale da repactuação, onde vai ser e quais as obras, mas ainda não obtivemos a resposta. Pelo contrário,  o que recebemos de resposta é um reajuste".

O deputado finalizou sua fala, dizendo que a empresa precisa ter bom senso e explicar o que está acontecendo. "Mudou de nome, é uma nova empresa e o primeiro o, ao invés de iniciar o trabalho de duplicação, recuperação e melhorar nossa malha rodoviária da 163 foi aplicar um reajuste com a ANTT?", indagou ele, afirmando que esperava outra postura.

Em resposta ao  discurso de Mochi, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro (PP), afirmou que conversou com um membro da assessoria da ANTT, que virá a Assembleia no dia 16 de junho para combinar uma reunião da diretoria da agência para conversar sobre o assunto. 'Inicialmente, a vinda está prevista para o dia 25 ou 26 de junho", disse.

Gerson Claro, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul
Gerson Claro, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul - FOTO: Luciana Nassar

"Não consigo acreditar que todo mundo é enganado com os 5% de aumento, mas os esclarecimentos deverão ser dados", disse ele.

ENTENDA

Conforme divulgado anteriormente pelo Correio do Estado, a decisão de aumentar o valor cobrado no pedágio contradiz o que a autarquia federal e o Ministério dos Transportes afirmaram, de que um aumento no pedágio só ocorreria em outubro do próximo ano, quando está previsto uma elevação de 33,64%, caso a Motiva cumpra o contrato.

Mesmo sabendo dos estudos, os órgãos públicos “esconderam” durante o processo competitivo – iniciado em janeiro deste ano para a escolha da nova empresa que vai istrar os 847 km da BR-163 – que a MSVia ainda teria direito a esse aumento antes da do novo contrato, previsto para agosto.

O anúncio da alta foi disponibilizado no dia 22 de maio, às 22h19min, quando o titular da Superintendência de Infraestrutura Rodoviária da ANTT (Surod), Fernando de Freitas Bezerra, colocou no sistema a Decisão Surod nº 150, com data do dia seguinte (23/5), mas só publicada no dia 3, no Diário Oficial da União, com o índice de reajuste de 5,53% do pedágio.

No dia 21 de maio, o superintendente de Concessão da Infraestrutura da ANTT, Marcelo Fonseca, afirmou que a tarifa só subiria “se os investimentos forem realmente efetivados”, mesmo tramitando o processo de reajuste.

Assine o Correio do Estado.

PANTANAL DE MS

Mesmo sem dragagem do Rio Paraguai, transporte de minérios bate recorde

Média mensal deste ano é de 513,5 mil toneladas, o que é 6% acima do volume transportado no melhor ano da história, em 2023

14/06/2025 14h20

Minérios despachados pelo Rio Paraguai a partir de Ladário e Corumbá equivalem a 10 mil carretas por mês em 2025

Minérios despachados pelo Rio Paraguai a partir de Ladário e Corumbá equivalem a 10 mil carretas por mês em 2025

Continue Lendo...

Apesar do veto do Ibama à dragagem de manutenção no leito do Rio Paraguai, a hidrovia nunca viu tanto minério sendo escoado a partir dos portos de Ladário e Corumbá como nos primeiros quatro meses de 2025, conforme apontam dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) divulgados nesta semana. 

No primeiro quadrimestre os comboios de barcaças desceram o Rio Paraguai com 2,054 milhões de toneladas, o que representa uma média de 513,5 mil toneladas por mês, conforme a Antaq.

Se este volume fosse retirado do Pantanal por caminhões, seriam necessárias em torno de 10 mil viagens com carretas bi-trem.

O volume supera inclusive o escoamento de 2023, que até agora é o ano recorde de transporte pela hidrovia a partir dos embarques feitos em Mato Grosso do Sul. Naquele ano, a média mensal dos primeiros quatro meses foi de 483,7 mil toneladas de minério por mês. Isso representa aumento de 6,1% na comparação com aquele que era o melhor ano. 

E isso somente está sendo possível por conta do aumento nas chuvas tanto em Mato Grosso do Sul quanto na parte sul de Mato Grosso desde o final de setembro do ano ado. Em decorrência destas precipitações, o nível do Rio Paraguai em Ladário voltou a ar dos três metros nesta semana e neste sábado (14) amanheceu com 3,02 metros, o que não ocorria desde 26 de outubro de 2023. 

Nesta mesma época do ano ado o nível estava em 1,29 metro e fazia 40 dias que estava baixando. O pico de 2024 foi de apenas 1,47 metro e por conta da escassez de chuvas o rio chegou ao seu mais baixo nível em 124 anos de medição, alcançando 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, em 17 de outubro. 

Agora, a tendência é de que o nível continue subindo, embora lentamente, por mais alguns dias. Depois disso, tende a descer em torno de 40 a 50 centímetros por mês. E, se as chuvas retomarem seu ritmo histórico a partir de setembro, é possível que praticamente não ocorra interrupção no transporte durante o período de estiagem. 

Quando o rio atinge 1,5 metro, os comboios com minério podem deixar a região de Ladário e Corumbá com carga plena. Abaixo disso já podem ocorrer algumas reduções de carga. Mas, a partir do momento em que o nível fica abaixo de um metro, o transporte começa a ser suspenso. 

E foi justamente por conta da falta de água que no ano ado a média mensal de escoamento de minério nos primeiros quatro meses do ano foi de 297 mil toneladas, o que é 42% abaixo daquilo que foi transportado em 2025. 

Porém, se fosse feita a chamada dragagem de manutenção em 18 ponto com bancos de areia ao longo dos cerca de 600 quilômetros entre Corumbá e Porto Murtinho, o transporte poderia ser feito durante o ano inteiro, inclusive nos períodos de estiagem.

Em 31 de julho do ano ado, durante visita do presidente Lula a Corumbá, o presidente do Ibama, Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça, chegou a dar carta branca para o início imediato da dragagem do Rio Paraguai.

Na época, ele acatou o argumento de que aquilo que precisava ser feito no chamado tramo sul da hidrovia não se tratava de dragagem, mas de manutenção de calado, o que não exige os demorados estudos de impacto ambiental. 

Menos de um mês depois, em meio às polêmicas provocadas por uma carta assinada por mais de 40 cientistas e pesquisadores, o Ibama recuou e ou a exigir os estudos, que até agora não foram realizados.

Mesmo assim, o processo de concessão da hidrovia está andando e a expectativa é de que até o fim deste ano ocorra o leilão. Nesta semana, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) apresentou informações sobre a concessão da hidrovia à Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). 

O encontro, segundo a Antaq, reforçou o compromisso em dialogar com todos os envolvidos na licitação, inclusive entes internacionais. O Rio Paraguai banha, além do Brasil, o Uruguai, o Paraguai, a Bolívia e a Argentina.

Sobre a concessão 

Nos primeiros cinco anos da concessão, terão de ser realizados serviços de dragagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantação dos sistemas de gestão do tráfego hidroviário, incluindo Vessel Traffic Service (VTS) e River Information Service (RIS), além dos serviços de inteligência fluvial. Após esse período ainda serão feitas dragagens de manutenção na via.

De acordo com a Antaq, essas melhorias vão garantir segurança e confiabilidade da navegação. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões. O prazo contratual da concessão é de 15 anos com possibilidade de prorrogação por igual período.
 

Batalhão de Choque

Com ajuda de cães farejadores, polícia apreende quase R$ 1 milhão em drogas

Operações foram realizadas nesta sexta-feira (13)

14/06/2025 11h45

Foto: Divulgação/ Policia

Continue Lendo...

Com ajuda de cães farejadores, o Batalhão de Choque da Polícia Militar apreendeu quase R$ 1 milhão em drogas nesta sexta-feira (13) em Mato Grosso do Sul. 

A primeira ação apreendeu  9,3 quilos de cocaína, em abordagem a um ônibus interestadual entre Campo Grande e São Paulo. Durante patrulhamento de rotina, os policiais realizaram uma vistoria no bagageiro inferior do veículo, onde, com ajuda de um cão farejador Zeus, encontraram nove tabletes de pasta base de cocaína em uma mala.

A ageira responsável pela bagagem foi questionada e itiu que havia sido contratada para transportar a droga até a capital paulista, onde receberia uma quantia em dinheiro, contudo, se recusou a informar quem o contratante.

Ela foi presa em flagrante e encaminhada à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais foram tomadas. 

Outro crime

Na mesma data, a polícia militar encontrou  170 quilos de maconha, distribuída em 225 tabletes em uma transportadora de Campo Grande, no bairro Coronel Antonino.

A droga foi encontrada pelo cão Aron, da raça Pastor Alemão, que indicou a presença de entorpecentes em embalagens identificadas como "tapete de couro automotivo".

A carga foi encaminhada e entregue na Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar). Ao todo, as apreensões resultaram em um prejuízo de R$ 800 mil. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).